2012-A história
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2012-A história
2012-A história
R$ 49,90
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Ficha Técnica:
Autor(a): Jenkins, John Major
Edição: 1ª
Editora: Larousse Brasil
Formato: 15,5 x 23 cm
ISBN: 9788576357186
Páginas: 464

Descrição:
Como os primeiros maias conceberam o calendário que nos fornece o final de ciclo em 2012 e como ele funciona; Como a ideia das 22 esferas com nível de tempo foi interpretada para medir as Eras do Mundo asteca - aliás, erroneamente - por acadêmicos tradicionais, empresários, espiritualistas e pela cultura popular; Quais as principais controvérsias e enigmas que envolvem o conceito; Como podemos atravessar o ruído a respeito de 2012 e alcançar a verdadeira sabedoria dos ensinamentos maias sobre nosso momento atual na história.
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Resenhas:

Sheila 13/06/2012

Resenha: "2012 A História" (John M. Jenkins)
Você já ouviu falar nos 2012ologistas? Não? Para quem ainda não sabe, o termo serve para descrever aquelas pessoas, grupos ou estudiosos que vem mais e mais se interessando pela fatídica data de 21 de dezembro de 2012, criando teorias a respeito do fim do calendário Maia. Bom, pelo menos é o que irá nos dizer John M. Jenkins na obra 2012 A História.

Pesquisador independente dos povos Maias - uma civilização que acredita-se vivia na Mesoamérica, entre 300 d. C. a 900 d. C, mas que se mescla com a cultura olmeca, Izapa, tolteca, recuando no tempo até cerca de 10.000 anos - Jenkins irá esmiuçar em seu livro o florescimento desta civilização, indo da história ao mito.

Como o próprio autor irá dizer, no momento vemos um pipocar de livros sendo escritos a respeito de 2012, com diferentes focos de abordagem. Jenkins vai, inicialmente, resgatar a história dos pesquisadores e suas pesquisas e descobertas correlatas a respeito dos Maias. Alguns pesquisadores chocaram os povos Europeus e Norte Americanos da época ao afirmarem que os ditos "selvagens" possuíam uma cultura extremamente avançada em termos de cosmologia, astronomia, economia, cultura esta que acabou por ser devastada pelas conquistas espanholas.

Dentre os avanços dos povos Maias, esta a elaboração de um complicadíssimo calendário (que eu juro que o autor explicou pormenorizadamente, mas só consegui pegar a idéia geral) chamado Conta Longa. Sabe o nosso calendário? Ele subdivide-se em dias, semanas, meses, anos, séculos, milênios, etc. Os Maias utilizavam uma contagem diferente, levando em consideração o movimento dos astros e sua posição, sendo que o Conta Longa possuia 13Baktuns - que iniciou-se em 3114 a.C e terminaria, segundo cálculos de diversos especialistas, na fatídica data de 21 de dezembro de 2012.

"O calendário Conta Longa funcionava como um sistema de referência para inauguração de edificações e do aniversário de eventos importantes na vida do rei, e também ajudava tanto os cálculos astronômicos quanto as profecias xamanistas. O término de períodos era tratado como uma conjuntura importante e envolvia sacrifício e renovação".

Os Maias acreditavam que o mundo vivia muitas Eras, e cada Era do Mundo finalizaria-se com um de seus calendários. Mas o que isto quer dizer? De concreto, apenas que esta era uma crença que movia estes povos. E é aqui que começa a especulação e discussões do mundo acadêmico, que vão desde o puro ceticismo - daqueles que dizem que o fim dos 13 Baktuns seria um correlato ao nosso 31 de dezembro, ou seja uma simples forma de demarcar o tempo - até as teorias de Fim do Mundo - inúmeras! Você pode escolher desde um cata-clisma originado pelas tempestades solares, até o exôdo que será promovido pelas naves alienígenas ....

Mas uma coisa é certa: segundo inúmeros estudiosos - exaustivamente citados por Jenkins! - a escolha desta data encerra um significado que vai para além do mero acaso, provando ao menos o avanço científico que os Maias possuíam.

"Descobri que um raro alinhamento astronômico culmina nos anos que levam a 2012, quando a posição do Sol no solstício estará alinhada com a galáxia da Via Láctea. Esse alinhamento do solstício com a galáxia é uma rara ocorrência, acontecendo uma vez a cada 26 mil anos. Pode ser chamado de "alinhamento galáctico" e foi percebido pelos antigos astrônomos como uma mudança na posição do Sol, no solstício, com relação a características de fundo como as estrelas, as constelações e a Via Láctea".

Apesar de em alguns momentos o autor do livro utilizar-se de uma linguagem excessivamente técnica (que eu particularmente considerei difícil de acompanhar) trata o assunto de forma científica e citando um número expressivo de fontes. Não dá nenhuma resposta, mas elucida alguns pontos obscuros relacionados à temática. Teorias, existem por aí aos montes; a questão é justamente em que ponto se irá focar a atenção. Há os que ridicularizam, os que se assustam, os que pregam o fim dos tempos, os que aguardam uma Nova Era, aliada a uma grande mudança na forma de relacionar-se dos seres humanos. E você, no que acredita?